Agora que sabemos em que consiste a verdadeira devoção à Virgem Santíssima, estamos em condições de discernir, à luz dos princípios vistos ao longo das últimas aulas, quem não é um verdadeiro devoto. Tomaremos como ponto de apoio a pequena tipologia das chamadas falsas devoções estabelecida por São Luís Maria Grignion de Montfort no seu precioso Tratado. São sete, com efeito, as classes de falsos devotos que podemos encontrar. Vejamos, de forma bastante resumida, as notas características de cada um deles:
1.º) Os devotos críticos. — Trata-se daqueles que, no fundo, não têm fé. E isto quanto a dois extremos: ou por não crerem em nada ou por crerem em tudo, até no que não deviam. No primeiro caso, o devoto crítico olha com excessiva desconfiança para o que quer que diga respeito a aparições, milagres, sinais claros da ação de Deus em nossas vidas etc.; são fiéis que, de tanto pôr em dúvida os milagres e as histórias narradas em crônicas de ordens religiosas [1], podem chegar ao ponto de negar o poder e os privilégios com que o Senhor enriquece a própria Mãe. Torcem o nariz, como se soubessem mais do que a Igreja, aos mistérios da Imaculada Conceição, da Assunção ao Céu,...