O essencial da devoção à Virgem Santíssima, como dito anteriormente, consiste na prática interior de fazer tudo com Maria, por Maria e em Maria. Sem embargo, as práticas exteriores não deixam de ter o seu valor e utilidade, já que elas — explica o santo de Montfort — ajudam a estimular o fervor e a devoção interior, permitem-nos lembrar o que fizemos e devemos fazer e, por último, “são próprias para edificar o próximo que as vê” [1]. Tais práticas, portanto, não devem ser negligenciadas ou omitidas, sob o pretexto de que a verdadeira devoção reside só e tão-somente no coração, à margem de qualquer manifestação sensível e externa; mas tampouco devem sobrepor-se às práticas interiores, como se o mero repetir de palavras, o recitar de fórmulas ou o levar no pulso umas correntinhas bastassem para fazer de alguém um verdadeiro devoto de Nossa Senhora.
Pois bem, a primeira e mais importante dessas práticas exteriores é o Santo Rosário. É a própria Virgem Maria que, em inúmeras aparições e revelações privadas, insiste na urgente necessidade de o rezarmos fielmente todos os dias. Se rezado como convém, ou seja, com recolhimento, atenção e modéstia — sem contar a meditação dos...