O temperamento, de acordo com o Pe. Antonio Royo Marín, pode ser caracterizado como “o conjunto de inclinações íntimas que brotam da constituição fisiológica de um homem” [1]. Analisemos com mais detalhe a definição.
O temperamento, por referir-se às inclinações dependentes da constituição fisiológica, é algo inato a cada indivíduo. Trata-se, por conseguinte, de uma propriedade de índole natural, que nos há de acompanhar sempre, do berço ao cemitério, ainda que a possamos trabalhar, como iremos vendo ao longo das próximas aulas.
Além disso, por referir-se às inclinações íntimas, o temperamento diz respeito, propriamente, ao nosso “mundo interior”, isto é, ao conjunto de tendências passionais, afetivas e emocionais que marcam o nosso modo natural de ser. É possível, por exemplo, que uma pessoa, por causa de sua constituição física, tenha a tendência natural a desenvolver certas doenças. Não é, pois, a esse tipo de inclinação que se refere o temperamento, palavra que aqui reservamos para designar, segundo a definição de Royo Marín, aquelas predisposições de origem orgânica a um modo de ser e comportar-se determinado.
É nesse sentido que dizemos que algumas...