Vimos já, nas aulas anteriores, que os temperamentos costumam ser divididos em quatro tipos fundamentais. É verdade que existem outras tentativas de classificação, inumeráveis e quase sempre incompatíveis entre si, mas a divisão tradicional tem a vantagem de ser não somente mais simples, mas também exaustiva, como veremos a seguir.
Pois bem, como podemos conhecer o nosso temperamento? Nesta matéria, que diz respeito às tendências predominantes que se originam da nossa constituição fisiológica, não há outro modo de acesso ao temperamento senão a experiência, isto é, a observação direta dos nossos grandes traços comportamentais, sobretudo na infância, quando manifestamos de modo mais “puro” de que forma e com que intensidade reagimos aos estímulos externos.
Isso já nos dá uma pista de por que são quatro, e somente quatro, os tipos básicos de temperamento. Essa divisão quadripartite nada tem a ver, pois, como os quatro humores da teoria de Hipócrates e Galeno, senão que é o resultado das respostas às duas perguntas seguintes:
Quanto à excitabilidade. Quando sou afetado por algo externo ou me lembro de um afecção passada, as emoções irrompem dentro de mim...