[O texto de apoio de que fala nesta aula o Pe. Paulo Ricardo é o que consta a seguir.]
A segunda coisa, após a humildade, que devem adquirir todos os quatros temperamentos, como meio imprescindível para chegar à santidade, é a mortificação, que nada mais é do que o conjunto de renúncias e sacrifícios pelo qual a alma se dispõe melhor para o desenvolvimento da graça.
Vejamos na prática como hão de mortificar-se os quatro temperamentos.
Colérico. — O colérico deve mortificar ativamente a ira, inclinando-se para a doçura. Assim como a irritação vai gerando nele um coração orgulhoso (pois o que o colérico quer, no fundo, é que tudo seja feito segundo a sua vontade), a mansidão vai gerando um coração humilde, que sabe não ser Senhor do céu e da terra e que as contrariedades fazem parte da vida.
Quando palpitar-lhe a irritação, o colérico deve encomendar-se imediatamente a Deus e calar-se, pois certamente, se não souber conter-se, fará estragos, em si e nos outros. Se a situação exigir uma resposta, só deverá responder ou agir depois de ter dominado a cólera.
No entanto, a parte mais importante é a aceitação das humilhações e contrariedades....