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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc
21, 29-33)

E Jesus contou-lhes uma parábola: "Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão".

Nosso Senhor nos conta hoje uma de suas parábolas a respeito dos sinais dos tempos: do mesmo modo como a figueira e todas as árvores anunciam a proximidade do verão, assim também os sinais de que Cristo nos vem falando nos últimos dias prenunciarão a chegada do Reino de Deus. O sinal por excelência, no entanto, é a própria caducidade do mundo: os dias brotam ao amanhecer e à noite já estão secos, desgastados. "O céu e a terra passarão" e levarão consigo, sem deixar vestígios, as suas veleidades. A Palavra de Deus, porém, permanece para sempre; gerações vêm e vão, e a Verdade do Senhor mantém-se inabalável, eterna. A leitura desta 6.ª-feira, com efeito, nos chama a atenção para dois fatos de grande importância para a nossa vida espiritual: a transitoriedade das realidades materiais, palpáveis e efêmeras, e a perenidade das coisas espirituais, duradouras e invisíveis.

Por isso, a Igreja nos oferece hoje a oportunidade de celebrarmos a festa de Nossa Senhora das Graças e nos convida, assim, a considerar o inestimável valor dos bens espirituais que a nossa amada Mãe do Céu nos pode dispensar. Devemos, sim, pedir a Deus benefícios materiais: ajudas, socorros e curas. Todas essas graças passageiras, "mundanas", porém, devem conduzir-nos àquilo que efetivamente não passa. De fato, de que adiantaria o Senhor ressuscitar um nosso amigo querido para que depois, recuperado, este viesse a morrer eternamente? Peçamos-lhe a cura do corpo, mas lhe imploremos sobretudo a salvação da alma; oremos pela saúde física, mas trabalhemos antes pelo vigor das virtudes. Que Deus abra nossos olhos para os sinais que anunciam a cada um de nós a proximidade do seu Reino: a fraqueza do corpo, o brancura dos cabelos, a morte dos familiares. Que Ele nos inspire a querer apenas o que não passa, as suas divinas graças, e nos permita viver, ao lado de nossa Mãe Santíssima, a vida que nunca acaba, que nunca envelhece.

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