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Texto do episódio
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A essência da Liturgia das Horas é a santificação das horas do dia do cristão, através das várias horas canônicas.

Após a reforma promovida pelo Concílio Vaticano II existem cinco ou sete horas canônicas. São elas: Ofício das Leituras, para ser recitado de madrugada, contudo, reconhecendo as necessidades de adaptação do homem moderno, a Igreja diz que pode ser recitado ao longo do dia, desde que se mantenha o caráter de vigília.

Laudes ou Oração da Manhã, que é uma oração de louvor dado a Deus pela vida recebida. Atualmente composta de um Salmo, um hino do Antigo Testamento e um Salmo de louvor, de onde provém o nome. Existem alguns outros elementos nessa oração, mas o coração é este mencionado. É nesta hora canônica que se recita o Benedictus ou o Cântico de Zacarias.

Hora média, que pode se desdobrar em mais três: tércia, próxima das 09h00, sexta, próxima do meio dia e noa, próxima das 15h00. Elas podem ser recitadas como sendo uma só, para não multiplicar excessivamente os horários canônicos.

Vésperas ou Oração da Tarde, composta por dois Salmos e um hino do Novo Testamento. Recita-se nessa hora o Magnificat, que é o Cântico de Nossa Senhora.

Por fim, as Completas ou Oração da Noite, composta por um Salmo e o hino de Simeão.

Esta é a essência das cinco horas canônicas da Liturgia das Horas que pode e deve ser recitada por todos os fiéis. Contudo, existem algumas pessoas que são obrigadas a rezá-las. É o caso dos sacerdotes e dos religiosos, mas nada impede que todos a recitem.

O Concílio Vaticano II incentivou a que, cada vez mais, se recite a Liturgia das Horas com a comunidade dos fiéis, para que esse tesouro da Igreja não fique reservado somente aos padres, mas que seja distribuido também aos fiéis, para que possam santificar o dia por meio da oração.

Para a oração, nada melhor do que utilizar a própria Palavra de Deus para falar com Ele. Por isso, a récita da Liturgia das Horas é uma escola de oração. Jesus Cristo recitou também os Salmos. Os Apóstolos igualmente. Da mesma forma, a Igreja continua recitando esta belíssima liturgia ao longo dos séculos.

O Papa Paulo VI ao promulgar a reforma da Liturgia das Horas, através da Constituição Apostólica Laudis Canticum, iniciou-a com uma frase que oferece a nota teológica da Liturgia das Horas. Ele disse:

“O CÂNTICO DE LOUVOR que ressoa eternamente nas moradas celestes, e que Jesus Cristo, Sumo Sacerdote, introduziu nesta terra de exílio, foi sempre repetido pela Igreja, durante tantos séculos, constante e fielmente, na maravilhosa variedade de suas formas."

Assim, quando se recita as orações da Liturgia das Horas louva-se a Deus, na terra, fazendo um louvor que no céu é incessante. Na santificação do dia, das horas, no tempo, a realidade da eternidade se faz presente. Também nós queremos, por meio do louvor, transformar a nossa vida em história de salvação.

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