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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 19,41-44)

Naquele tempo, quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: “Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.

Celebramos hoje a memória de Santa Isabel da Hungria, santa extraordinária que viveu apenas 24 anos neste mundo, mas cujos atos divinos fizeram com que a sua fama e a devoção a ela fossem tão popularmente conhecidas, que ela foi canonizada apenas quatro anos após a morte.

Quem foi essa mulher extraordinária?

Em primeiríssimo lugar, ela era de família nobre e, como era costume na época, já foi prometida em casamento com quatro anos de idade. Foi para a Corte onde estaria o seu futuro marido e ali ela foi educada.

Durante o período em que estava sendo educada e o marido, preparado para tomar o governo, aconteceu que o sogro (ou seja, o pai do seu marido) morreu, e o filho ainda não tinha se casado nem tinha ainda idade para governar.

Quem assume o governo, então, é a mãe, a futura sogra de Isabel. A futura sogra de Isabel não gostava de seus atos de piedade. Por quê? Porque ela passava longas noites em oração, fazia jejuns, ajudava os pobres de forma muito generosa, e a futura sogra começou a falar mal de Isabel, a criar todo um complô na Corte para que os dois não se casassem.

No entanto, Luís, futuro marido de Isabel, a amava enormemente e ele, com muita consciência do dom precioso que era a sua futura esposa, um dia, diante de uma montanha, apresentou aos nobres circunstantes aquela montanha e disse: “Se vocês me dessem uma montanha de ouro como esta, eu não a aceitaria em troca de Isabel, tal é o amor que eu tenho por ela”.

Então, como o amor que Luiz tinha por Isabel era enorme, os dois se casaram. Isabel tinha somente catorze anos e ele, vinte, quando se casaram; mas o casamento, embora muito feliz, foi um casamento curto porque Isabel, que se casou com 14, ficou logo viúva aos vinte anos de idade.

Novamente se abateu sobre ela nova perseguição: o seu cunhado, ao invés de reconhecer o filho dela como o sucessor, condenou Isabel a uma espécie de exílio, e ela foi embora com os seus filhos.

Desapropriada de seus bens, títulos e tudo, assim ela fez a sua purificação final, mostrando seu despojamento, seu desapego, sua confiança em Deus. Os filhos foram cuidados por ela como jóias preciosas.

No entanto, ela vivia em verdadeira pobreza e em verdadeiro despojamento, até que, finalmente, ela foi restituída junto com os filhos num ato final da bondade da misericórdia divina. Mas a saúde de Isabel já estava prejudicada, vindo a falecer aos vinte e quatro anos de idade.

Eis a vida extraordinária de uma mulher que fez obras de caridade tremendas, agraciadas por Deus.

É famosa a cena em que Isabel fora levar comida para os pobres no avental. O marido viu aquilo, e ao abordá-la, descobriu, porém, que dentro do avental havia rosas. Igualmente famosa é a cena em que ela recebeu em casa um leproso, do qual ela cuidava daquele no leito dela e do marido, como se fosse outro Cristo. A sogra foi denunciá-la: “Veja, ela está colocando um doente na cama para que você fique doente também!”, mas, diante dos olhos do marido, o leproso se transformou no Cristo glorioso, que os abençoou. O marido compreendeu perfeitamente que aquela mulher não era uma mulher qualquer: ele estava casado com uma grande santa, verdadeiramente.

Eis aí a santa, Santa Isabel, modelo de cristã que persevera apesar das perseguições, apesar de um mundo de nobreza e de riqueza que não compreende o amor a Cristo, o amor aos pobres e à devoção. Que Santa Isabel reze e interceda por nós no Céu.

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