A Eucaristia confere à alma o aumento da graça santificante. Embora possa produzir per accidens a graça primeira nos que a recebem atritos e de boa fé (ou seja, sem consciência de estar em pecado grave), a Eucaristia confere per se apenas a graça segunda. Assim o declarou, por exemplo, o Concílio de Florença: “Por este sacramento, aumenta-se a graça nos que dignamente o recebem”, e o de Trento declarou, contra os pseudo-reformadores, que a remissão dos pecados não é o único nem o principal fruto da Eucaristia, e que a fé sozinha não é preparação suficiente para comungar, senão que se requer ainda o estado de graça. A razão disto é que Cristo quis que este sacramento fosse recebido como alimento espiritual das almas, as quais são por ele nutridas e fortificadas com a própria vida daquele que disse: Quem me come, este mesmo viverá por causa de mim (Jo 6,57).
A Eucaristia, porém, tem ainda outros efeitos, oriundos da graça sacramental que lhe é própria. O Papa Pio XII resumiu este ponto de forma lapidar na Encíclica “Mediator Dei”:
Este é o pão da vida, do qual todos têm necessidade. A Igreja de Jesus Cristo dispõe deste pão único, com o qual satisfaz as aspirações e...