Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 14,13-21)
Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”. Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
A Igreja celebra hoje a memória de um de seus maiores Doutores, Santo Afonso Maria de Ligório, cuja inteligência e destreza em matérias jurídicas tanto serviram para fazer avançar no séc. XVIII a ciência moral e a prática dos confessores.
Advogado de exímia formação, Santo Afonso decidiu abandonar a carreira após oito anos sem perder uma só causa e, discernindo a fundo sua verdadeira vocação, consagrar-se inteiramente a Deus como irmão oratoriano. Sua experiência pastoral no confessionário, aliada às habilidades que adquirira como advogado, ajudaram-no a desenvolver um sistema de teologia moral (chamado equiprobabilismo) que, mantendo-se fiel ao espírito do Evangelho e à prática da Igreja, tem a vantagem de evitar tanto a) o rigorismo, que por zelo excessivo impunha às consciências um fardo que podia beirar o escrúpulo, quanto b) o laxismo, que por falta de firmeza e caridade concedia a “absolvição” a quem, muitas vezes, não estava disposto a sair do pecado.
Sua obra Teologia Moral, como uma lâmpada sobre o candeeiro, é ainda hoje um monumento inigualável que, ilustrando a Igreja inteira, deve ser lido por todos os que têm o dever de guiar as almas e abrir-lhes pelo sacramento da Penitência os tesouros da misericórdia divina.
Que Santo Afonso Maria de Ligório, por cujos escritos foram dissipados tantos erros e esclarecidas tantas dúvidas, interceda de modo particular pelos nossos confessores, dos quais o Senhor quer servir-se como ministros do seu perdão.
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