A perseguição em Manfredônia
O relatório do Monsenhor Rossi poderia ter resolvido a questão e evitado um triste episódio na história recente da Igreja: a perseguição ao Padre Pio. O relatório, como vimos, foi concluído no fim do pontificado de Giacomo della Chiesa, o Papa Bento XV. Com a sua morte, assumiu a Cátedra de São Pedro o Arcebispo de Milão, Achille Ratti, chamado Pio XI. Mudou-se o papa e também o rumo da vida de um santo.
Foi uma década de perseguições. De 1922 a 1933, avolumaram-se os tormentos que o frade estigmatizado teve de suportar. Nesse meio tempo, a vida do Padre Pio, na verdade, renderia um instigante romance policial. Mas vale esclarecer que o ataque maior, pelo menos num primeiro momento, não veio de Roma; veio da própria Arquidiocese de Manfredônia, onde se situava aquele humilde convento capuchinho, que já ia ficando mundialmente conhecido. O golpe inicial foi desferido por um Arcebispo, Dom Pasquale Gagliardi, e — com o perdão da palavra — por sua “gangue” de padres. Eram pessoas, como já dissemos, de péssima vida. Como veremos, vai se descobrir que eles estiveram envolvidos em tramoias com dinheiro, que tinham mulheres, que um...