Recapitulando
Vimos que a segunda grande perseguição ao Padre Pio começou com o famoso “caso Giuffrè”. Um financista atraiu muitos católicos, em especial capuchinhos, para investirem gordas quantias de dinheiro sob a promessa de um rendimento estratosférico. Os monges então passaram o chapéu e juntaram também o dinheiro de religiosas (clarissas) e leigos. Daí, quando Giuffrè quebrou, coisa que a todos os ajuizados parecia inevitável, a Ordem dos Capuchinhos, em matéria financeira, quase desmoronou junto.
Foi uma crise pesadíssima, que atingiu províncias e bispos da Ordem. Um exemplo foi Monsenhor Bortignon, bispo de Pádua, que andava duplamente desfalcado de recursos: por causa do fracasso nos negócios com o Giuffrè e por causa do escoamento de doações que, por intermédio de dois sacerdotes entusiastas do Padre Pio, saíam daquela diocese para o hospital de San Giovanni Rotondo.
Pois aí juntou-se a fome com a vontade de comer.
Esse bispo, que não acreditava na santidade do Padre Pio, começou a persegui-lo com o fim de administrar as quantias milionárias que os benfeitores — inclusive os diocesanos de Pádua —...