Nas aulas passadas estabelecemos as balizas dentro das quais se moverá o curso. Vimos a importância de estudar os anjos hoje em dia, a existência dos espíritos angélicos como verdade dogmática e fizemos uma breve introdução ao estudo de sua natureza. Agora, cumpre esclarecer o papel ocupado por eles na economia da salvação.
Adiantemos que a existência dos anjos é central para a doutrina cristã, de tal forma que, se negamos que eles existem, tornamos incompreensíveis não só inúmeras passagens da Escritura, mas a própria obra redentora de Cristo.
No Antigo Testamento, é verdade, encontramos relativamente poucas referências aos anjos, mas as que constam do Texto Sagrado não permitem duvidar de que para os judeus, desde a época dos patriarcas, os anjos existem e podem interagir com os seres humanos, para o bem e para o mal. (Veja-se, a esse respeito, a relação de versículos na primeira aula do curso.)
No Novo Testamento, por sua vez, há uma tal explosão de reações demoníacas à presença de Cristo, que podemos dizer que o universo em que o encontramos está “saturado” de demônios. Afinal, foi para nos libertar da escravidão do pecado e, portanto, de Satanás que...