Os anjos, como vimos, são substâncias espirituais de índole pessoal, o que significa que são capazes de atos cognoscitivos e volitivos. Em outras palavras, assim como Deus e os homens, também os anjos têm intelecto e vontade.
A própria Escritura o ensina indiretamente, ao atribuir a eles ações que supõem a capacidade de entender e querer, de fazer o bem e o mal, como adorar e bendizer a Deus (cf. Sl 96, 7; 102, 20), contemplá-lo face a face (cf. Mt 18, 10) e ser-lhe obediente (cf. 2Sm 24, 16), pecar e ser punido (cf. 2Pd 2, 4) etc.
Mas como os anjos conhecem e querem? A pergunta não deixa de ter importância, já que é por falta de um estudo sério do assunto que muitas pessoas, inclusive fiéis, dizem verdadeiras impropriedades, nascidas de uma clara ignorância a respeito do modo de conhecimento e volição angélico.
Hoje em dia, não é raro encontrar quem defenda, por exemplo, que se deve ter pena dos demônios, pelos quais seria preciso até mesmo rezar, para que se abram à misericórdia divina. Daí parece vir a convicção de que também o homem, depois desta vida, poderia ser perdoado de pecados não arrependidos a tempo.
Nada disso, porém, tem apoio na...