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A concepção virginal de Jesus Cristo

A concepção virginal do Senhor aconteceu, narra S. Mateus, “para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho”. Com isso, ao mesmo tempo que manifesta aos fiéis de origem judaica o elo de dependência entre os dois Testamentos, o evangelista aponta para um fato imprescindível, mas não raras vezes negligenciado: a Bíblia deve ser lida com o mesmo espírito com que foi escrita. É neste ponto que insistiremos em mais esta aula.

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A concepção virginal de Jesus Cristo (Mt 1, 22-25). — V. 22-23. Tudo isso que foi dito sobre a concepção de Cristo, sua natividade e a imposição de seu santíssimo nome, aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta (Is 7, 14): “Eis que a virgem” etc. [1]. Como os reis da Síria e de Israel se tivessem coligado contra Acaz, rei de Judá, a este, por boca de Isaías, prometeu o Senhor a vitória; não só isso: para confirmar o vaticínio, daria qualquer sinal que o rei pedisse. Mas como Acaz, por incredulidade e falsa modéstia, se recusasse a aceitar a oferta, o profeta, por ordem divina, vaticinou o nascimento futuro do Messias de uma Virgem, como o maior e mais eficaz milagre de todos (cf. Is 7, 1-14). — Esta profecia, de acordo com a maioria maciça dos católicos e também de muitos protestantes, se refere diretamente ao Messias. Por isso, é menos provável a opinião dos que veem nestas palavras do profeta uma referência imediata a alguma moça, à mulher de Isaías ou do próprio Acaz, e apenas mediata e tipológica à Mãe do Messias [2].

“Eis que a virgem (gr. ἡ παρθένος, Is 7, 14; hebr. ha-‘alma, isto é, aquela virgem determinada, dentre todas eminente) ficará...

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