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Evangelhos Sinóticos

O Sermão Escatológico

No derradeiro discurso de Nosso Senhor são profetizados, ao mesmo tempo, a ruína de Jerusalém e os sinais que acompanharão o Fim dos Tempos.

Nesta aula, Padre Paulo Ricardo faz um breve porém riquíssimo comentário ao “Sermão Escatológico” de Jesus. Que lições essa passagem do Evangelho de São Mateus, tão próxima do relato da Paixão, tem para a Igreja e para cada um de nós? O que Cristo queria sugerir quando disse: “Não passará esta geração até que tudo isso aconteça”?

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A separação do Evangelho de São Mateus em cinco grandes partes, correspondentes aos principais discursos de Nosso Senhor — método de que nos servimos até aqui —, não é a única forma de estruturar este livro canônico. Santo Tomás de Aquino [1], por exemplo, recorda que:

Entre os evangelistas Mateus é versado principalmente na humanidade de Cristo, razão pela qual Gregório o identifica com o homem dos quatro símbolos dos Evangelhos. Ora, por sua humanidade Cristo entrou no mundo, nele viveu e dele saiu. Por isso, todo esse Evangelho é dividido em três partes: primeiro, o Evangelista fala do ingresso de Cristo no mundo (c. 1-2); segundo, de sua vida (c. 3-20); e, terceiro, de sua saída (c. 21-28).

Sob esta perspectiva, o chamado Sermão ou Discurso Escatológico de Jesus (c. 24-25) situa-se na parte final deste Evangelho, já no contexto da Paixão do Senhor.

Antes de iniciar propriamente esse discurso, porém, Cristo realiza três “atos proféticos que demonstravam que Ele era o Messias e que sua vinda marcava o fim da Antiga Aliança” [2]: trata-se de sua entrada em Jerusalém (21, 1-11), da purificação do Templo (21, 12-17) e da maldição da figueira (21, 18-22)....

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