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Evangelhos Sinóticos

A teoria das duas fontes

Dando continuidade ao nosso curso bíblico, veremos nesta aula as principais teses que o método histórico-crítico começou a pôr em circulação a partir do séc. XIX. O que é a fonte Q? Que evangelho foi escrito primeiro? Que dificuldades, afinal, essa forma de crítica bíblica propôs à fé da Igreja?

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A teoria das duas fontes. — No ano de 1835, K. Lachmann propôs uma nova solução para o problema sinótico, a saber: o primeiro e o terceiro evangelhos teriam se originado de um duplo escrito, do evangelho de Marcos e de um segundo documento, ao qual deu o nome de λόγια, tomado de empréstimo de Papias [1]. No entanto, dizem alguns autores, como há muitos elementos no evangelho de Marcos que parecem sugerir uma fonte ainda mais antiga, deve-se supor a existência de um certo “proto-Marcos” (= Ur-Markus) como primeiro esboço do segundo evangelho canônico. Este esboço conteria, não uma narração ordenada da vida de Cristo, como o evangelho canônico, mas apenas a relação de alguns fatos e anedotas; para outros, este escrito conteria a mesma série de acontecimentos que o evangelho de Marcos, se bem que num formato mais primitivo. B. Weiss, cujos argumentos foram bem acolhidos por grande parte dos estudiosos católicos, demonstrou de modo satisfatório que este suposto “proto-Marcos” não existe senão na imaginação de alguns teóricos.

Com mais energia disputam os críticos modernos a respeito da outra fonte, isto é, dos λόγια, chamados simplesmente de Q (de Quelle, “fonte” em...

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