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Evangelhos Sinóticos

O sermão das parábolas

O sermão das parábolas é o terceiro grande discurso com que S. Mateus continua a apresentar o ministério docente de Nosso Senhor. A partir de imagens simples, Cristo proclama a Israel “coisas escondidas desde a criação do mundo”. Mas por que, ao se dirigir às multidões, Jesus falava em parábolas, reservando o significado mais profundo dessas histórias aos seus discípulos? Que consequências tem essa pedagogia para a nossa vida espiritual?

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O sermão das parábolas. — Vimos anteriormente que o evangelho de S. Mateus pode ser dividido em cinco grandes grupos de sermões e narrativas. 1) No primeiro, lemos o sermão da montanha, com especial atenção para as bem-aventuranças evangélicas, uma espécie de descrição pormenorizada do Reino de Deus em si mesmo, isto é, da participação na vida divina pela imitação, com o auxílio da graça, das virtudes de Cristo. — 2) No segundo, lemos o sermão missionário, em que o divino Pastor, ao ver tresmalhadas as ovelhas de Israel, institui e envia em missão os doze Apóstolos, a fim de conduzi-las ao redil da Igreja e à obediência da fé, sem a qual é impossível viver o Evangelho. — 3) No terceiro, lemos o famoso sermão das parábolas. Com este nome, costuma-se designar aquela belíssima série de parábolas que apresentam uma perfeita caracterização do Reino dos Céus. Mateus as agrupa no c. 13 de seu evangelho, e não é improvável que o Senhor as tenha dito todas numa mesma ocasião, como insinuam o próprio evangelista (cf. vv. 3.34.53) e a perfeita unidade expositiva do discurso (cf. vv. 24.31.33s), além da comparação com a passagem paralela de Marcos (cf. 4, 2.33).

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