A sublimidade dos bens do matrimônio, elevado por Cristo à dignidade de grande sacramento da Nova Aliança, deveria bastar por si só a que nos déssemos conta da importância de viver a castidade matrimonial. A própria pergunta sobre o que se pode ou não na relação conjugal já revela em alguma medida a visão um tanto mesquinha e rasa que hoje se tem do casamento, cuja sacralidade tem sido profanada e exposta ao desprezo geral seja pela imoralidade das uniões ilegítimas, que passam por cima do dever de compromisso exigido em todo casamento, seja pela regulação ilícita dos nascimentos, que torna premeditadamente infecundo o amor entre os esposos. A moral sexual cristã, centrada no fim a que o matrimônio primariamente se ordena — a procriação e educação de filhos —, fez sempre questão de enfocar a sexualidade do ponto de vista tanto da dignidade pessoal dos cônjuges, chamados à santidade e à perfeição na caridade, quanto do valor inestimável da prole, que constitui uma riqueza não só para a família em que nasce e a sociedade em que cresce, mas também para a Igreja, que a incorpora mediante o Batismo ao Corpo de Cristo e lhe franqueia assim as portas do Paraíso.
Ora, dos...