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O que é o Matrimônio?

Matrimônio, uma instituição divina

O matrimônio, pelo qual se constitui a família humana, não é nem uma "construção social", como dizem uns, nem um simples contrato civil, sujeito ao arbítrio dos contratantes, como querem outros. Trata-se, como mostra a Revelação e corrobora a própria razão, de uma instituição divina, querida pelo Criador do mundo como meio de perpetuação do gênero humano e célula básica tanto do Estado quanto da Igreja. Por mais que o neguem as falsas doutrinas do nosso tempo, o matrimônio sempre estará enraizado na natureza humana, que se expressa em toda a sua beleza no ser homem, no ser mulher e, sobretudo, no ser família.

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Falar de casamento é, como vimos, falar de uma instituição divina. Divina não só por ter sido restituída à sua antiga dignidade e elevada por Cristo à condição de verdadeiro sacramento da Nova Aliança, mas também por ter ao Criador mesmo da natureza por autor e princípio. Ao impor a nossos primeiros pais o dever de propagar o gênero humano (cf. Gn 1, 28), Deus, por um livre desígnio de sua providência, instituiu o matrimônio e o dotou de todas aquelas propriedades da unidade e indissolubilidade que, mesmo antes da vinda do Redentor, o tornavam quase um "sacramento da natureza", isto é, um vínculo de amor e entrega mútua no qual há, não por livre disposição dos homens nem por determinação de qualquer autoridade terrena, algo de sagrado e, portanto, inviolável [1]. Ora, que a sociedade conjugal, legitimamente contraída entre duas pessoas de sexo distinto com o propósito estável de gerar e educar filhos, seja não só conveniente à natureza humana, mas se encontre acima de tudo sujeita a certas leis que arbítrio nenhum pode violar, mostram-no tanto a Revelação quanto as luzes naturais da razão.

Os erros do nosso tempo, com efeito, radicam sobretudo em que, atentando ora...

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