No capítulo 19 do Evangelho segundo S. Mateus, um grupo de fariseus pergunta a Nosso Senhor se é lícito dispensar a mulher com uma carta de divórcio. A resposta de Cristo é mais do que reveladora. O divórcio, embora tenha sido permitido no Antigo Testamento devido à “dureza de coração” do povo escolhido, não faz parte do desígnio originário de Deus para a família humana. “No princípio”, ou seja, antes da queda de nossos primeiros pais e da consequente introdução do pecado no mundo, a união entre homem e mulher devia ser única e indissolúvel, isto é, de um com uma para sempre.
Jesus aproveita a ocasião desta resposta para elevar o casamento à dignidade de sacramento da Nova Aliança e, dessa forma, resgatar na sua integridade o que sempre foi o projeto divino para o matrimônio. A família cristã, portanto, é sinal visível daquela unidade e indissolubilidade que Deus quer ver realizadas em toda união matrimonial. Vejamos um pouco mais de perto em que consistem essas duas propriedades do casamento cristão.
A unidade se opõe à chamada poligamia, em todas as suas formas, seja como poliginia, seja como poliandria, seja enfim como “união livre” e indiscriminada entre...