A santidade em família não é algo distante. Nosso Senhor mesmo elevou a união entre homem e mulher à dignidade de sacramento, transformando-a, assim, em verdadeiro instrumento de santificação mútua. Para o celibato, por exemplo, Jesus não criou um sacramento. Uma religiosa que faz votos não tem um sacramento para o voto da virgindade, ao passo que o casamento tem, sim, o sacramento do Matrimônio, um meio eficacíssimo de se trilhar a via da perfeição.
Tomem-se como exemplo disso os pais de Santa Teresinha, Santa Rita de Cássia, São Luís de França e o Beato Carlos da Áustria, mas muitos outros há que, sozinhos ou em casal mesmo, foram elevados pela Igreja à honra dos altares. (Vale a pena consultar, para uma lista mais robusta nesse sentido, a obra Santos Casados: a santidade no matrimônio ao longo dos séculos, de Ferdinand Holbock.)
O que tem tornado difícil olhar para a família como lugar de santidade é o fato de que as pessoas estão se casando muito mal.
A Irmã Lúcia, a vidente de Fátima, quando era criança, estava à mesa com os pais, que disseram a todos os filhos: “Nós consagramos a nossa pureza a Deus antes do casamento justamente para que Deus...