Apresentado nas aulas passadas o perfil biográfico-espiritual de Teresinha, isto é, a pequena via tal como ela mesma a viveu, com suas peculiaridades e privilégios, é chegado o momento de estudar a pequena via tal como ela a ensinou em seus escritos. Teresinha, com efeito, tinha clara consciência de sua vocação docente. Inflamada de amor divino, a santa de Lisieux não poderia fazer menos do que transmitir a outros o caminho que ela mesma, sem maior instrução teológica, foi capaz de percorrer até chegar àquele elevadíssimo grau de caridade a que Deus chama todos os homens.
É pois a este “magistério” espiritual, ou seja, ao ensinamento que ela sabia estar legando à Igreja que Teresinha parece referir-se com aquelas palavras tão citadas da madrugada de 17 de julho, após sofrer uma hemoptise e sentir a proximidade da morte. Diz ela, descrevendo o que entende por sua missão e vocação principais:
Sinto que vou entrar no repouso… Mas sinto, sobretudo, que minha missão vai começar, minha missão de fazer amar o bom Deus como eu O amo, de dar a minha pequena via às almas. Se o bom Deus atender os meus desejos, meu Céu se passará sobre a Terra até o final dos tempos. Sim,...