Depois de diferenciar o que é “ser salvo” e o que é “ser santo”, percebemos que a pequena via é um método — já presente no Evangelho, mas apresentado por S. Teresinha com frescor e luminosidade prodigiosos para os nossos tempos — que nos leva a diminuir de tamanho a fim de passar pela “porta estreita” e conseguir produzir frutos de santidade já nesta vida. 

A partir desta aula, abordando a trajetória espiritual de Teresinha, vamos elencar uma série de pressupostos necessários para compreender de forma adequada os seus escritos sobre a pequena via.  

O primeiro aspecto a ser considerado é o fato de que S. Teresinha é uma eleita de Deus, sendo preservada por Ele de tal modo que nunca chegou a cometer um pecado mortal, conforme lhe atestou o padre Pichon ao ouvir a Confissão Geral daquela jovem carmelita [1]. Olhando para as faltas cometidas por ela, poderíamos dizer inclusive que nem mesmo um pecado venial ela cometeu deliberadamente. Nisto ela se distingue de outros santos que, tendo vivido no pecado, foram resgatados por Deus. No Manuscrito A, ela reconhece essa realidade, afirmando que Nosso Senhor a perdoou “por antecipação” ao impedi-la de...