Na aula passada vimos a questão da infância espiritual, fixando-nos sobretudo na categoria da “pobreza”, que consiste na receptividade da criança que nada pode fazer por si mesma, sendo totalmente dependente dos pais, que tudo lhe proveem; assim como na vida espiritual não conseguimos nada por nossos méritos, dependendo em tudo da graça e da misericórdia de Deus.

O Frei Maria Eugênio, em Quero ver a Deus, explica as características predominantes dessa dependência própria da infância espiritual: “Para Santa Teresinha do Menino Jesus, confiança e pobreza não são apenas virtudes que devemos praticar em certos momentos como tantas outras. Elas se tornam virtudes de base, disposições de fundo que regram todos os movimentos e atitudes da alma” [1]. Confiança e pobreza são, portanto, dois aspectos básicos do coração de um filho que se abandona nos braços do Pai.

Nesta aula, vamos estudar de forma mais específica qual é o fundamento desta atitude de confiança. Inicialmente, podemos dizer que a confiança está muito ligada à virtude da esperança e nasce da atitude de fé pela qual reconhecemos a ação providente de Deus em nossas vidas.

Santa Teresinha, em uma carta...