Lançadas nas últimas três aulas algumas bases teóricas, é hora de abordar o tema central deste módulo: a meditação. Falamos do primeiro grau de oração, a chamada oração vocal, e de sua importância para a vida espiritual. Passaremos agora a tratar do segundo grau, imprescindível ao progresso espiritual.

É verdade que, segundos as diferentes espiritualidades, são diferentes os nomes que se dão à meditação. Uns a chamam “oração mental”, ou “de diálogo”; outros, Lectio divina; outros, enfim, “leitura orante”. Tais nuances não nos devem importar muito por ora. O que queremos é ater-nos ao essencial da meditação cristã, comum às suas várias modalidades.

Antes de mais, ouçamos o que o Pe. Antonio Royo Marín, baseado em sua larga experiência como diretor espiritual, nos ensina na já mencionada Teología de la perfección cristiana: “A experiência confirma com toda a certeza e evidência que absolutamente nada pode suprir a vida de oração, nem sequer a recepção diária dos santos sacramentos” [1]. Por isso alerta em seguida sobre o perigo de ignorar essa verdade: