Falou-se, nas últimas aulas, sobre a tristeza enquanto realidade meramente passional e a partir de quando ela se torna uma doença espiritual. Assim, cabe falar também de várias terapias para a tristeza.
A terapia para a tristeza enquanto paixão. – Para a tristeza passional, Santo Tomás de Aquino enumera remédios bastante "humanos", que vão desde o partilhar a dor com os amigos até um banho quente e uma boa noite de sono [1]. Diz ele que, "como qualquer repouso do corpo traz remédio a qualquer fadiga, provinda de qualquer causa não natural, assim também todo prazer é remédio que alivia qualquer tristeza, seja qual for sua origem" [2].
Um dos remédios aqui elencados pelo Doutor Angélico, no entanto, é de suma importância para entender a cura da tristeza doentia: trata-se da contemplação da verdade. Quanto mais se estuda as verdades de fé, quanto mais se reza e "quanto mais perfeitamente se ama a sabedoria" [3], mais "se exorcizam" as tristezas de nossas almas. É que toda tristeza – esteja ela nos sentimentos ou na vontade – consiste em fechar-se em um mundo distante da realidade.
A terapia para a inveja. – Exemplo prático disso é o pecado da...