Um dos assuntos tratados na última aula foi a relação aparentemente paradoxal entre as virtudes da magnanimidade e da humildade, que constituem como que contrapontos na vida de perfeição. Comparando o organismo sobrenatural a uma árvore, é possível dizer que, enquanto a magnanimidade faz a árvore crescer e elevar-se, a humildade faz com que ela lance raízes profundas na terra, dando-lhe uma base firme de sustentação. Em Cristo, essas duas virtudes se conjugam de modo admirável, como canta o hino cristológico de Filipenses (cf. 2, 6-11). Ele não se apegou à Sua natureza divina, mas assumiu a humana para, depois, ter o Seu nome exaltado acima de todo nome. Humilhando-Se, Nosso Senhor foi elevado.
Nesse mesmo hino, São Paulo destaca que Jesus humilhou-se, "fazendo-se obediente até a morte" ( Fl 2, 8). Com isso, o Apóstolo aponta o que o padre Garrigou-Lagrange considera o grande sinal da humildade, a obediência:
"O sinal da humildade é a obediência, enquanto a soberba nos inclina a fazer a própria vontade e a buscar aquilo que nos exalta, e a não querer deixar-nos dirigir pelos demais, mas a dirigir os outros. A obediência é o contrário da soberba. Mas o...