Para a maior parte das pessoas, especialmente os mais jovens, a luxúria é uma grande chaga que impede o crescimento da vida espiritual. Isso se dá por uma razão muito simples: o vício da luxúria é uma perversão que se instala na capacidade de amar e a destrói. Urge, portanto, que seja curada.
A luxúria é um pecado capital, logo possui uma virtude oposta, que é a castidade. Atualmente, porém, a castidade possui um sentido negativo, de castração, como se ela podasse as energias sexuais das pessoas. Todavia, essa visão - comum em um ambiente hiperssexualizado - não corresponde à da antropologia cristã, em que a castidade é um sinônimo para o amor.
Os Santos Padres já ensinavam que não é pela força, nem pela coação, que se alcança o estado de saúde ideal do corpo e da alma. João Cassiano, por exemplo, afirma: "Castitas non ut arbitramini districtionis praesidio, sed amore sui et propriae puritatis delectatione subsistit - A castidade, no entanto, não depende apenas, como pensais, de uma rigorosa vigilância. Mas, tal virtude subsiste pelo amor que nos inspira e pela felicidade que nos proporciona" [1].
É o amor que move a alma para o seu estado...