Embora já tenhamos acenado para isso, precisamos explicar, com clareza e insistência, o que nos faz progredir na vida espiritual e tornar-nos verdadeiramente santos.
Não é o tipo de oração que estamos fazendo, mas o tipo de vida que estamos levando que nos conduzirá à santidade. Por isso, se estamos seguindo todos os conselhos dados até aqui, e a nossa vida não mudou nada, é porque há algo de profundamente errado no nosso jeito de rezar. Provavelmente, temos que reformular alguma coisa, pois a oração bem feita necessariamente nos conduz a uma mudança de vida.
Para nós, cristãos, ao contrário de outras religiões, o sentido da oração e da meditação está no fato de que elas vão nos transformando e configurando a Cristo, de forma que um dia possamos dizer com S. Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).
Se olharmos para os grandes exemplos espirituais, como o próprio S. Paulo, veremos que a oração é um preâmbulo indispensável para o apostolado. Depois de ter sido “atropelado” por Jesus no caminho de Damasco e ter-se convertido ao cristianismo (cf. At 9, 1ss), o Apóstolo dos gentios foi para o deserto da Arábia, onde teve...