Antes de começarmos a falar propriamente de cada um dos sacramentos, precisamos entender mais dois conceitos fundamentais desta parte introdutória: a graça sacramental e o caráter sacramental.
Os sacramentos, como já vimos, são necessários à nossa salvação. Sem a graça santificante não seríamos capazes de entrar no Céu e, como disse São Pedro, de nos tornar “participantes da natureza divina”.
Para entender do se trata essa participação na natureza divina, recorramos a um exemplo que sempre aparece nos livros de espiritualidade. Consideremos o ferro. Trata-se, naturalmente, de um material frio e duro. No entanto, posto em contato com o fogo, ele começa a, de pouco em pouco, adquirir propriedades e assumir uma feição de fogo: de frio, passa a quente; de opaco, a brilhante, até mesmo translúcido; de rígido, fica fluido. Ora, essencialmente é ainda ferro, mas, na prática, comporta-se como se fosse outra coisa. É isso que a graça santificante faz em nosso coração: ele continua um coração humano, mas, abrasado pelo fogo do amor e da fé, passa a se comportar divinamente.
Vai uma outra imagem: é como se fôssemos um pedaço de cera; o Espírito...