Na aula passada, vimos os dois primeiros atos do penitente que se dirige ao confessionário, a saber: o exame de consciência e o arrependimento. Agora, conforme o prometido, falaremos dos últimos três: o propósito, a acusação e a satisfação.
Comecemos pelo propósito.
Primeiramente, precisamos distinguir arrependimento de propósito. Veja, uma pessoa pode arrepender-se de um pecado, mas não ter o propósito firme e eficaz de não mais pecar. Aliás, tal é a dificuldade de as pessoas entenderem o que seja o propósito, que, em muitos lugares, estão mudando a fórmula do ato de contrição: Em vez de “prometo, com a vossa graça, nunca mais pecar” andam dizendo: “Prometo, com a vossa graça, esforçar-me para ser bom”.
Ora, só faltava alguém se esforçar para ser ruim! Veja que é um propósito disparatado, sem o menor cabimento. Imagine alguém que tenha dado um tapa no rosto da própria mãe. Arrependido, o sujeito depois lhe dá um presente, compra-lhe flores, beija-lhe no rosto e pede mil perdões, jurando não saber como fora capaz de tamanho horror. A mãe, claro, perdoa. Mas pede que o filho prometa jamais repetir aquela monstruosidade. O rapaz, então,...