Depois dessas sete aulas introdutórias, que formaram, por assim dizer, um compacto tratado sobre a graça, vamos, enfim, iniciar o estudo dos Sete Sacramentos, a começar, evidentemente, pelo Batismo.
Que o Batismo seja um sacramento, não existe discussão. Qualquer comunidade cristã, que considera a existência dos sacramentos, aceita o Batismo como sendo um deles. O Batismo é o mais evidente de todos os Sacramentos, porque, como está escrito no final do capítulo 28 do Evangelho de São Mateus, o próprio Jesus, antes de subir aos Céus, disse — inclusive fixando a fórmula batismal: “Todo o poder me foi dado sobre o Céu e a terra. Ide, pois, fazei discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 18-19).
Agora, é importante traçarmos bem a diferença entre a verdadeira doutrina sobre o Batismo e aquilo que as principais correntes protestantes professam a esse respeito.
Como vimos no curso Lutero e o Mundo Moderno, o monge rebelde era um homem bastante atormentado. Queria ter certeza absoluta de que estava em estado de graça, de que se salvaria. Por isso, movido por escrúpulos doentios, passava horas e horas se...