O sacramento do Matrimônio — muito importante para a salvação das almas, porque a maior parte da humanidade tem vocação para vivê-lo — é uma graça de Deus para que as pessoas, depois do pecado original, possam se configurar a Cristo por meio do casamento.

Dizemos “depois do pecado original”, porque, embora o matrimônio existisse desde o início, desde Adão e Eva, a Queda deixou nele uma marca, um certo amor exigente a que chamamos cruz. E esse matrimônio carnal, tendencialmente egoísta, fez com que a união entre homem e mulher, desejada por Deus no ato mesmo da Criação, se transformasse, para usar um bom português, num “balaio de gato”, numa confusão só, numa troca de acusações, numa verdadeira rivalidade.

Jesus nos deu a graça para vivermos o Matrimônio de forma harmônica, conforme o projeto de Deus, porque sabia que ele é necessário para a salvação das pessoas. A união de homem e mulher, num pacto de mútua fidelidade, é comparável à união da humanidade com Deus. Daí que o Nosso Senhor tenha elevado essa analogia à realidade, tornando o matrimônio natural em verdadeiro sacramento, sinal visível da união de Cristo com a Igreja.

Na última aula, vimos que,...