Na última aula, buscamos explicar o que é a transubstanciação. Vimos que se trata de uma linguagem filosófica, dogmatizada pelo Concílio de Trento. Ou seja, quando falamos em transubstanciação, não se trata de uma dentre tantas correntes teológicas; trata-se de uma linguagem dogmática.
Como foi dito, no Concílio Vaticano II, houve quem quisesse mudar essa linguagem. Em vez de transubstanciação, alguns quiseram adotar termos como transfinalização ou transignificação, termos estes que inclusive entraram no famoso Catecismo holandês, influenciado por dois sacerdotes, peritos no Concílio: o jesuíta Schonenberg e o dominicano Schillebeeckx. A Santa Sé corrigiu o Catecismo. Paulo VI, ainda durante o Vaticano II, publicou a Encíclica “Mysterium fidei”, na qual ele rechaça a nova terminologia e reforça a linguagem tradicional da Igreja: a palavra correta é transubstanciação.
Portanto, comecemos a presente aula recapitulando, de modo breve, o que é a transubstanciação.
Primeiro ponto: lembremos que substância é aquilo que faz com que uma coisa seja o que ela é. Aqui, é importante notar o seguinte: não é possível imaginar uma...