Certas escolas modernas de teologia creem que não é preciso, como temos feito, dividir a graça em “pedacinhos”, alegando que ela seja uma só, que seja o próprio Cristo, o próprio Espírito Santo, o próprio Deus. Discordamos. Claro, Deus, em si mesmo, é a graça, mas a graça incriada.
Quando Ele se doa e se comunica para que participemos da sua natureza, ocorre em nós uma modificação. A criatura transforma-se ao toque do Criador. É isso o que chamamos de graça criada. A graça santificante, de que temos falado, é desse tipo. Ela efetivamente realiza uma transformação no agraciado. É como o exemplo da charrete puxada pelo pangaré que, num instante, vira uma potente Ferrari.
Nesta aula, para nos aprofundarmos no assunto, abriremos o motor do carro.
Nós, seres humanos, somos capazes de conhecer e amar de um modo muito superior se comparado aos animais. Acontece que devido a mil fatores há aqueles, dentre nós, que conhecem e amam as coisas com maior ou menor dificuldade. Por exemplo: temos, no presente curso, estudado temas de teologia. Ora, os alunos já afeiçoados a esta ciência, com seus jargões, com suas definições, com seus...