Em aulas anteriores, havíamos dito que historicamente a Eucaristia foi atacada. Primeiro, naquilo que é o seu ensinamento dogmático: a presença real de Cristo. Esse ataque se deu na Idade Média, com heresias como a de Berengário de Tours e a teoria da empanação. A resposta de Deus veio maravilhosamente e de duas maneiras: com o Magistério da Igreja atestando a presença real de Cristo na Hóstia consagrada e com os milagres eucarísticos — além, claro, do culto dos santos à Eucaristia. Surgiu então a solenidade de Corpus Christi — acrescida no calendário —, que se baseava em visões, revelações, mas também na contribuição da teologia de santos como Santo Tomás de Aquino, São Boaventura e assim por diante.
Com o passar dos séculos, porém, veio uma segunda investida. Agora o alvo não era mais a presença real de Cristo, mas a realidade do sacrifício eucarístico. Os autores da ofensiva? Os protestantes. O Pe. John Hardon, jesuíta, define protestantismo como um “cristianismo sem sacerdócio”. Ou seja: querem ser cristãos, mas rejeitaram o sacerdócio ministerial. Admitem o sacerdócio de Cristo, o sacerdócio comum dos fiéis, mas não possuem sacerdócio ordenado. Ora,...