Na última aula, falamos de como Cristo instituiu o sacramento da Penitência e de como a Igreja, ao longo de sua história o foi administrando. Agora, gostaríamos de esclarecer, de forma bem prática, o que é necessário para a validade da Confissão.
Já vimos que cada sacramento, para ser realizado, precisa de determinada matéria e determinada forma. A Eucaristia, por exemplo, precisa do pão feito de trigo, de vinho feito de uva, de um sacerdote validamente ordenado, com a intenção de fazer o que faz a Igreja, e da fórmula da Consagração de cada espécie. No caso da Confissão, a matéria fundamental é um ato do penitente. A hóstia, para a Eucaristia, é preparada numa pequena fábrica por alguma freirinha piedosa. A matéria para a Confissão, que deve ser levada ao confessionário, diante do sacerdote, é fabricada na consciência do pecador. Trata-se do pecado arrependido cometido após o Batismo.
Então, primeiro, é necessário haver a clara noção de que se está em pecado. E é para isso que serve um diligente exame de consciência. O exame de consciência serve para deixarmos claro, para nós mesmos, os pecados graves que cometemos com plena advertência...