Chegamos, nesta aula, ao momento culminante desse pequeno tratado da Eucaristia: falaremos agora da Comunhão. Mais propriamente, falaremos dos efeitos para a nossa alma e, creiam, até para o nosso corpo, ao comungarmos, ao recebermos o sacramento da Eucaristia.
Mas, antes de mais nada, é importante termos claro que Deus nos criou exatamente para isso. Nós estamos neste mundo para comungar. É para isso que existe a Igreja; é para isso, aliás, que existe o universo. O cosmos, as galáxias, o gênero humano, tudo existe para sermos um com Cristo Jesus: “Pai, eu quero que os que me deste estejam comigo, onde eu estou, para que contemplem a minha glória, a glória que deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (Jo 17, 24).
Santo Tomás de Aquino, citando Santo Agostinho, recorda-nos de que o pão e o vinho, elementos escolhidos por Deus para fazer a Eucaristia, são matérias nas quais uma pluralidade é transformada em unidade: os vários grãos de trigo unem-se para tornarem-se pão; as várias uvas unem-se para tornarem-se vinho. É um símbolo daquilo que esse sacramento realiza conosco, que é esta união com Cristo (Cf. STh III 79, 1).
Seja como for, nesta aula,...