Dando continuidade a este curso sobre os Sete Sacramentos, gostaríamos de apresentar, agora de forma mais sistemática, clara e distinta quais são os efeitos da Unção dos Enfermos. E falaremos disso fundados naquilo que diz o Apóstolo São Tiago, bem como nos dogmas de fé definidos no Concílio de Trento. À guisa de roteiro, seguiremos o que se diz no já citado livro de Teologia Moral dos redentoristas Aertnys e Damen.
A primeira coisa a se considerar é que, sim, a Unção dos Enfermos é um sacramento, e, sendo assim, como todos os sacramentos, ela dá a graça santificante a quem não põe óbice. Vale aqui martelar mais uma vez esse ponto — marteladas que, infelizmente, andam em falta na Igreja.
Somos chamados a entrar no Céu como participantes da natureza divina, como diz a Segunda Carta de São Pedro (1, 4), para ali ver a Deus face a face; ou seja, somos chamados a, de alguma forma, conhecer a Deus como Deus se conhece e amar a Deus como Ele se ama.
Foi para propiciar essa participação da humanidade na natureza divina que Deus se fez homem. Na alma humana de Cristo, pela união hipostática, realiza-se a perfeita participação da natureza humana na natureza...