O Catecismo começa a falar sobre o tema citando a Constituição Dogmática Lumen Gentium, que esclarece com precisão a essência do referido sacramento:
Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e à morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus. (1499)Fica claro que o sacramento da Unção dos Enfermos não tem como finalidade primeira a cura física, apesar dessa poder ocorrer como consequência. Através da Unção dos Enfermos o que se pretende é dar ao doente, cuja alma se encontra em grave risco, a graça para enfrentar a situação.
Trata-se de uma espécie de ciclo em que a Igreja, através do presbítero, vai até o doente e entrega-o a Jesus. Nosso Senhor, sofredor e glorificado, o alivia, associando-o à Sua Paixão e, da unidade gerada nesse ato, volta uma bênção para a Igreja inteira.
A Unção dos Enfermos, portanto, não é uma "pajelança". E é muito mais rica e profunda espiritualmente do que uma simples cura física: é a configuração do enfermo ao Cristo...