O primeiro artigo de fé, ou seja, o primeiro dogma em que devemos crer afirma que Deus é Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. Vimos, em primeiro lugar, que o homem, guiado apenas com a luz natural da razão, é capaz de alcançar um conhecimento certo e seguro da existência de um Deus criador e onipotente, inteligência ordenadora de todo o cosmos.
Vimos também que esse mesmo Deus, por meio das SS. Escrituras, revelou-nos a verdade do seu poder criador, que consiste não só em produzir as coisas do nada (ex nihilo), mas ainda em conservá-las continuamente no ser. É por esta razão que dizemos que Ele está intimamente presente em todas as coisas e lugares, não ao modo de um “fluido” sutil e misterioso que tudo penetra, mas com o seu poder e a título de causa primeira da qual dependem todos os seus efeitos.
Precisamos agora dar um passo a mais e centrar-nos num outro ponto específico da nossa fé católica. Cremos, pois, que Deus criou todas as coisas, quer dizer, o céu e a terra. Mas o que, precisamente, queremos dizer com essas duas palavras: “céu” e “terra”?
Pois bem, o Símbolo niceno-constantinopolitano, cuja origem estudaremos noutra aula, especifica...