O fim da existência humana, como visto até agora, é a união eterna com Deus no céu; os meios de o conseguir, por sua vez, consistem em conhecer a Deus pela fé, amá-lo pela observância de sua Lei e valer-se da graça sobrenatural que nos é dispensada tanto pelos sacramentos como pela oração. Um dos problemas que aqui se podem esconder, no entanto, diz respeito à profundidade de nossa conversão pessoal. Sim, sabemos que Deus é o fim último de nossa vida e que é apenas nele que seremos felizes. Mas estamos realmente convencidos disto? Cremos, de fato e na prática, que é Ele a nossa verdadeira felicidade?
Ora, que todo homem queira ser feliz é algo que qualquer um está disposto a reconhecer, nem é preciso ter fé para afirmá-lo. Todo ser humano, pelo simples fato de o ser, busca o que lhe parece bom e, ainda que de forma confusa e pouco consciente, ordena a própria vida àquilo no qual pensa encontrar-se a felicidade. Tampouco é necessário estar iluminado por luzes especiais para constatar que a esmagadora maioria dos homens deseja ser feliz aqui neste mundo. A dificuldade, porém, é que todo projeto de felicidade limitado a esta vida está fadado, sempre, a um mesmo fim:...