Afirmamos até agora que a catequese tem uma finalidade que corresponde, no fundo, à finalidade da nossa própria existência: unir-se a Deus no céu por meio de Jesus Cristo, a quem o homem é incorporado ao pertencer, pela graça batismal, à única Igreja que Ele fundou.
Tudo isso, no entanto, parece pressupor a fé. De fato, quem se dispõe a fazer catequese costuma, de um modo geral, já estar imbuído da fé sem a qual não se pode aderir às verdades divinamente reveladas como convém à salvação.
A própria palavra grega da qual deriva o termo “catequese”, κατηχέω, significa “ecoar” e aponta, nesse sentido, para o fato de que a Palavra de Deus, já tendo ressoado na alma do catequizando, começa agora a reverberar e a aprofundar-se por meio do estudo e da meditação.
Pode suceder, porém, que o catequizando se encontre privado dessa luz sobrenatural. Neste caso, nunca é demais lembrar que a fé é um dom a que não temos, obviamente, direito algum: ou a recebemos Deus, por pura gratuidade, ou simplesmente não a temos.
A fé, com efeito, é certo gênero de conhecimento que não se baseia, em sentido próprio, em razões ou evidências. Cremos porque não vemos, e cremos...