Os artigos finais do Símbolo apostólico falam-nos dos chamados “novíssimos” do homem. Derivado do adjetivo latino novum, o termo é um aportuguesamento do superlativo novissimum, que significa o mesmo que “último” ou “final” em alguma ordem de coisas [1]. Assim, por exemplo, a expressão novissima verba, aplicada a um testamento, designa “as últimas palavras ou disposições” do testador.
No sentido em que aqui nos interessa, a expressão “novíssimos” refere-se às realidades últimas que, a partir da morte, estão à espera de todo ser humano: “Em tudo o que fizeres”, diz o Eclesiástico, “lembra-te dos teus novíssimos”, isto é, do teu fim, “e jamais pecarás” (Eclo 7, 40).
Embora se possam listar de maneiras muito diversas, os novíssimos, segundo a doutrina tradicional e comum, se reduzem às oito seguintes realidades: 1) morte; 2) juízo particular; 3) céu; 4) inferno; 5) purgatório; 6) fim do mundo; 7) ressurreição da carne; 8) juízo final. Hoje, veremos apenas os dois primeiros, deixando para a próxima aula o estudo do céu, do inferno e do purgatório.
I. A morte
A morte, em sentido próprio, não é mais do que a separação do corpo e da alma que o informa. A...