À fé que professamos na Santa Igreja Católica está intimamente vinculado o dogma da comunhão dos santos, presente no Símbolo apostólico, reconhecido pela Tradição e fundamentado nas Escrituras, conforme o que diz S. Paulo: “Nós, embora sejamos muitos, formamos um só Corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro” (Rm 12, 5) [1]. De fato, visto que a Igreja é o Corpo místico de Nosso Senhor, todos os que a Ele estão unidos se beneficiam mutuamente, pois a saúde de um membro concorre para o bem dos outros e, por conseguinte, do organismo inteiro.
Podemos definir a comunhão dos santos como a “instituição divina pela qual todos os santos que estão no céu, todos os justos que estão no Purgatório e todos os filhos da Igreja que estão na terra formam uma única e grande família, cujo chefe é Jesus Cristo, e participam de todos os bens espirituais que lhes são comuns” [2]. Esta comunhão entre os diversos membros de Cristo se estende, portanto, aos membros da chamada Igreja triunfante (os santos do paraíso), da Igreja padecente (as almas do Purgatório) e da Igreja militante (os fiéis da terra).
É preciso ter em mente, contudo, que o membro principal e originário...