De três séculos para cá, o ocidente tem vivido sob a falsa convicção de que todas as religiões são boas, tendo portanto igual direito de cidadania, desde que se confinem à privacidade das consciências e não pretendam impor-se na esfera pública. Esse fenômeno, estreitamente ligado às “reformas” de Lutero e às consequências da fragmentação da cristandade latina durante os séculos XVI e XVII, é defendido sob a bandeira de um “são” e “tolerante” indiferentismo, que se tornou marca registrada de grupos violentamente anticristãos como, por exemplo, a Maçonaria.
Mas se queremos ser cristãos de verdade, precisamos nadar contra essa corrente destruidora e reconhecer, como dogma de fé, a necessidade da Igreja Católica, “extra quam nulla est salus”, fora da qual não há salvação. Que a Igreja seja meio necessário de salvação para todos significa, antes de tudo, que só em Cristo temos a remissão dos pecados e que, por conseguinte, somente à Igreja por Ele fundada cabe a missão de perpetuar até o fim dos tempos a sua obra salvífica.
De fato, assim como Cristo possui a mediação, única e exclusiva (cf. Jo 3, 18.36; At 4, 12; 1Tm 2, 5; Rm 5, 17), na ordem da aquisição da...