Se o Credo que professamos inclui uma referência explícita à Igreja enquanto objeto de fé, não há dúvidas de que precisamos reconhecer onde se encontra, em meio à variedade de grupos autoproclamados cristãos, a única e verdadeira Igreja de Cristo. Um caminho seguro, muito utilizado pela apologética desde a época das disputas antiprotestantes, é recorrer às quatro notas essenciais da Igreja presentes no Símbolo niceno-constantinopolitano: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”.
Estas notas são não apenas propriedades inseparáveis da Igreja, mas também sinais ou “marcas” distintivas que permitem a qualquer pessoa de boa fé reconhecer que a única Igreja verdadeira só pode ser a Católica Romana, já que apenas nela estão presentes de forma plena e indiscutível as características que, por definição, competem ao Corpo místico de Cristo, a saber: unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.
A Igreja Católica, em primeiro lugar, é una, não só por ser única (ou seja, não há outra Igreja além dela), mas também pela unidade de fé (cf. Mt 28, 18, 20; Lc 24, 47), a mesma para todos os fiéis; pela unidade de governo, centrado na autoridade suprema do Romano...