Na aula passada falávamos da bomba atômica que abalou a cultura ocidental: a encíclica “Humanæ vitæ”, através da qual o Papa Paulo VI, em 1968, reafirmou aquilo que é o ensinamento tradicional da Igreja: não podemos aceitar os métodos anticoncepcionais.
Essa encíclica, vale dizer, é uma das maiores ações da Providência Divina nos últimos tempos. Paulo VI tomou a iniciativa de publicá-la porque, durante o Vaticano II, padres conciliares começaram a discutir o uso dos métodos contraceptivos, questão moral diretamente ligada ao múnus magisterial da Igreja. Como a Igreja é infalível em matéria de fé e moral, o Papa tomou a discussão para si — uma vez que o Vaticano II, um Concílio pastoral, não foi convocado para definir questões de moral e fé.
Paulo VI constituiu uma comissão de teólogos que prepararam um estudo. O resultado final é um segredo pontifício, não conhecemos perfeitamente. No entanto, há uma fofoca, que circula em livros sobre a “Humanæ vitæ”, segundo a qual a comissão teria sido favorável à liberação da pílula anticoncepcional — porque, naquela época, não se sabia, com clareza, que se tratava de um abortivo.
Papa Paulo VI recebeu esse...