Estamos entrando na reta final do curso sobre os Dez Mandamentos e, nesta aula, começaremos a falar do 7º: “Não roubarás”. No entanto, como de costume, antes de falar do Mandamento em si, façamos uma reflexão sobre aquilo que lhe dá base. No caso, a virtude da justiça.
A inobservância de qualquer Mandamento, de alguma forma, implica na violação da justiça, tomada num sentido geral. Por isso se diz que o justo obedece aos Mandamentos. No entanto, uma das facetas de nossa vida é a do relacionamento com as outras pessoas e, dentro dele, há a questão da propriedade: certas coisas nos pertencem; outras, não. Ora, é preciso viver virtuosamente essa relação com a propriedade alheia.
Muitas pessoas se esquecem que a justiça é uma virtude. Pensam nela como um direito a ser exigido em passeatas, nunca como um dever moral. Lembremo-nos do que é virtude. Virtude é fazer habitualmente o bem com facilidade. Por exemplo, há aquelas pessoas que só se mantêm sóbrias a duras penas. Veem um copo e precisam travar uma verdadeira luta interior. Essa pessoa ainda não tem a virtude da sobriedade — que é um capítulo da temperança. Quem a possui, repudia a embriaguez sem esforço. É um...